quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A pressão e a pesca


  
 

Jair Rigotti

Dentre todos os fatores que podem influenciar o resultado de uma pescaria, acredito que a pressão atmosférica seja o mais importante, já que o dia pode estar maravilhoso, ideal para uma pescaria, mas se a pressão estiver baixa, poucas ações irão ocorrer. É sabido pelos pescadores mais experientes que quando, a pressão está baixa, a pesca tende a ser ruim, acontecendo o contrário quando ela aumenta, fato comprovado por mim e outros pescadores com base em anotações e observações realizadas durante várias pescarias. Verificou-se, que os peixes ficam mais ativos quanto mais alta a pressão estiver. O pescador que tiver na sua casa um barômetro saberá de antemão antes de sair para pescar, como vai ser a sua pescaria, seja ela no rio, represa, pesque pague, mar ou canal, independente da isca que vai usar.

Com base nos meus estudos e observações, acabei montando uma tabela, que diga-se de passagem tem se mostrado infalível, e que o leitor abaixo poderá utilizar. Com pressão até 1010 mlb (milibares), pesca fraca; entre 1010 e 1015 mlb (milibares), pesca regular a boa; entre 1015 e 1020 mlb (milibares), pesca boa; e pressão acima de 1020 e 1030 mlb (milibares), pesca excelente. De posse de um barômetro que aponte os milibares nesta faixa de marcação, sua pescaria será infalível. Existem também programações jornalísticas que informam a pressão atmosférica ou até mesmos aeroportos. Tudo isto ajuda, porém não adianta as condições estarem boas se o pescador que estiver atrás dos equipamentos não tiver bons conhecimentos e não ter equipamentos e iscas adequadas. Ou seja, não adianta ter uma Mercedes-Benz na mão se não saber pilotar. Boa pescaria.

TIPOS DE NÓS


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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dicas para pescar com bóias torpedo – Como prender a isca

Há pouco tempo escrevi uma matéria de como fazer a massa de beijinho, a famosa isca de cor branca, muito famosa nos pesqueiros.
Recebi alguns e-mails sobre dúvidas de como arremessar a cevadeira/torpedinho com o beijinho, sem que a isca escape do anzol.
Pescando esse final de semana no Pantanosso, aproveitei que nosso amigo Leandro estava montando o equipamento e tirei duas fotos para ilustrar o funcionamento.
A idéia é bem simples, e serve para pendurar qualquer isca na bóia: Salsicha, massa, beijinho, guabi, miçanga, etc.
Material necessário:
  • Bóia cevadeira ou bóia torpedo (ou torpedinho);
  • Alfinete, agulha, ou qualquer objeto fino o suficiente para fixar no buraco do anzol. Já cheguei a usar aqueles cabos de aço rígido para fazer a montagem;
Como montar ?
  • Coloque o alfinete no meio da bóia, fazendo com que sua ponta fique para cima;
  • Prenda o buraco do anzol no alfinete;
  • Arremesse


Durante o arremesso, o anzol escapará sozinho do alfinete.

  • Simples, rápido e prático!
    Abraços e boas fisgadas 

  • Salsicha Flutuando: A arte de pescar e enganar

    Olá amigos,

    Depois de um carnaval repleto de peixes e boas fisgadas, vou passar prá vocês uma das iscas que eu mais uso e que sempre tenho bons resultados. Só neste carnaval foram 15 Cacharas, entre outros peixes como os Dourados, Matrinxãs e Pacus.
    Vou mostrar passo a passo dois exemplos de como fazer para a salsicha flutuar na água.
    Esse sistema tem sido um grande diferencial em todas as minhas pescarias em qualquer pesqueiro.
    Um exemplo bem simples de como fazer a salsicha flutuar, apesar de que hoje em dia, várias marcas de salsicha flutuam sozinhas.
    Vamos usar uma bóia de arremesso ou cevadeira, um chicote de 1.5mt de linha 0.50mm, uma bóinha e anzol direto na linha.

    Anzol não muito grande e bóinha pequena.
    Usando mais ou menos 3 cm de salsicha, começamos a introduzir o anzol em uma das extremidades da salsicha.
    Vire o anzol até que a ponta apareça na lateral da salsicha.
    Empurre até o olho do anzol ficar dentro da salsicha.
    Vire o anzol.
    Encaixe-o na outra extremidade e aperte para não ficar muito visível.
    Desça a bóinha até encostar na salsicha.

    E está pronto. Basta arremessar e esperar o ataque!
    Atenção: As vezes, uso aquele anzol de Black Bass, usado para iscar as minhocas artificiais, pois como ele é comprido, não corre o risco do peixe cortar a linha.
    Apesar de que, mesmo usando anzois bem pequenos direto na linha, tanto com salsicha, quanto na miçanga, apenas 5% cortam a linha. A grande maioria vai prá foto.
    Esperamos ter ajudado você a aprender mais essa!
    Em breve novas dicas e técnicas de pesca em pesqueiros.

    Como montar e pescar com bóia cevadeira

    Olá amigos!
    Hoje vamos falar um pouco sobre a pesca com bóias cevadeiras, tão usadas e que gera tantas dúvidas.
    Na maioria dos pesqueiros, os peixes são alimentados com ração flutuante, (Guabi). Com isso, o peixe fica condicionado a tal tipo de alimentação e esta serve de ceva na hora da pescaria.
    Bóias Cevadeiras
    Bóias Cevadeiras
    Na pescaria com varas de mão ou mais próximas a margem, pode-se arremessar a ração com as mãos ou com o estilingue, porém em grandes lagos, é necessário jogar a ração de 20 a 60 mts da margem e para isso foi criada a bóia cevadeira.
    Parente próximo das bóias torpedos/foguetinhos, a cevadeira possui um compartimento (copo) acoplado a uma bóia (isopor) e com uma chumbada na parte inferior. Enchendo o copo de ração, o isopor serve como tampa até que a bóia caia na água, o copo afunde e a ração seja liberada.
    Em muitos casos, o peixe fica tão condicionado que basta a bóia bater na água que os peixes já começam a pular.

    Montagem do Equipamento:
    Amarração
    As bóias cevadeiras têm um pequeno rabicho amarrado a um girador. A grande dúvida da galera é onde amarrar a linha da carretilha e onde amarrar o chicote com o anzol.
    Conjunto montado
    Conjunto montado
    O girador por sua vez tem dois lados. De um lado você vai amarrar a linha da carretilha e a bóia. Do outro lado somente o chicote com o anzol. Assim você poderá perceber que a função do girador é exercida. Do contrário, a linha irá torcer com facilidade.
    Seqüência de amarração
    Seqüência de amarração
    Iscas
    As iscas mais usadas com a cevadeira são: miçangas, ração úmida e ração artificial (cortiça/EVA), mas nada impede de se usar massas, salsichas ou outra isca.
    Iscas de Cortiça
    Iscas de Cortiça
    Iscas de Cortiça e miçanga
    Iscas de Cortiça e miçanga
    Miçangas
    Miçangas
    Chicote
    O chicote pode ser feito de diversas maneiras, depende muito do lugar e do tipo de peixe a ser pescado:
    Tilápias
    Chicote de 1,5 mts de linha 0,28mm. Bóinha n.0 para regular a altura da isca e anzol maruseigo com miçanga ou anzol Chinú n.2 a 4 com ração úmida.
    Pacus e Tambas
    Chicote de 1,5 a 2 mts de linha 0,50mm. Bóinha nº 0 para regular a altura da isca. Anzol Maruseigo com miçanga ou Chinú n. 4 a 8 com ração. Se necessário colocar 3 a 4 rações no anzol.
    Carpas, Matrinxãs e outras espécies
    Também atacam nessa modalidade. Lembrando que o anzol é amarrado direto na linha do chicote, não usando assim qualquer tipo de empate.
    Sempre há um risco grande de você fisgar um Tamba com mais de 20 kg com um anzol pequeno, mas em 90% das vezes, o peixe é fisgado pelo beiço, não atingindo a dentição. O risco é no final da briga, quando o peixe se vira, se debate e a linha passa pelos dentes. Mas com calma e sorte o pescador leva o peixe pra foto.
    Abraços e boa pescaria com bóias cevadeiras.

    Carpa Cabeçuda, da origem à pesca!

    Carpa Cabeçuda, da origem à pesca!

    Olá amigos. Nessa matéria vamos abordar um pouco essa espécie, desde a sua origem, introdução no Brasil e técnicas para pescá-las.


    Origem e introdução: A carpa de cabeça grande, conhecida genericamente como Carpa Chinesa, junto com a carpa prateada e capim é originária da China e não apresenta nenhum parentesco com a carpa comum, da qual diferem até na reprodução, porque não desovam naturalmente nas águas paradas, lembrando talvez sua origem, o Rio Amarelo na China.
    A técnica para a sua reprodução em laboratório só foi conseguida em meados deste século, através da indução hormonal, o que facilitou a sua criação em cativeiro, onde se procurou ambientar peixes de mais de uma espécie no mesmo viveiro, desde que os mesmos se alimentassem em alturas diferentes do espelho d’ água.
    Por isso as chamadas Carpas Chinesas são criadas em conjunto, já que a Carpa Capim consome vegetais superiores e algas macrófitas, a Carpa Prateada consome fitoplâncton ou microalgas e a Carpa Cabeçuda consome zooplâncton.
    Como a disponibilidade desses alimentos é quase limitada em viveiros, a produtividade das Chinesas é melhorada pela introdução de uma espécie que se alimente de ração ou do cultivo associado com a criação de suínos. Em condições ideais de criação pode atingir de 6 a 8kg em 15 meses.
    Seu hábito alimentar zooplanctófago a obriga a capturar seu alimento filtrando grandes volumes de água através de suas guelras, que funcionam como verdadeiros coadores retendo as partículas sugadas por sua grande boca, daí porque devemos pescá-la na superfície ou bem próxima dela.
    Depois desta introdução no Brasil em 1984, podemos dizer que ela é na verdade um dos peixes mais procurados pelos frequentadores dos pesqueiros, havendo verdadeiros fanáticos por ela.
    Nome cientifico: Anstichtys nobilis
    Carpa Cabeçuda na superfície:
    Quando as primeiras Carpas Cabeçudas começaram a serem pescadas no Brasil, todos ficavam impressionados pelo tamanho e beleza deste peixe, e também boquiabertos com o conjunto, bóias, uma mola com anzóis, chumbo, e não acreditavam que um peixe daquele porte vinha na superfície comer.
    Realmente naquela época, as carpas se alimentavam bem na superfície, de 10cm a 30 cm, distância do chuveiro para a bóia.
    Na imagem abaixo vou mostrar a montagem do material daquela época.

    Nome cientifico: Anstichtys nobilis
    Carpa Cabeçuda na superfície:
    Quando as primeiras Carpas Cabeçudas começaram a serem pescadas no Brasil, todos ficavam impressionados pelo tamanho e beleza deste peixe, e também boquiabertos com o conjunto, bóias, uma mola com anzóis, chumbo, e não acreditavam que um peixe daquele porte vinha na superfície comer.
    Realmente naquela época, as carpas se alimentavam bem na superfície, de 10cm a 30 cm, distância do chuveiro para a bóia.
    Na imagem abaixo vou mostrar a montagem do material daquela época.

     
    Atenção: neste esquema de montagem, a pesca se restringe à profundidade de 10 a 30 cm de rabicho.
    Com o passar dos anos, a pescaria da carpa cabeçuda foi mudando radicalmente e fui acompanhando essa mudança pesca à pesca. Já não conseguia fisgar um exemplar a 10 ou 30cm, e no começo dos anos 90 comecei a pescar numa modalidade que chamo de escadinha, ex: um conjunto com alturas diferentes, pois tive relatos de carpas sendo fisgadas a 1 metro de profundidade.
    Então no esquema de escadinha, arremessava uma com 30cm, outra com 60cm e outra com 1 metro. E pra grande surpresa, 80% das carpas batiam à 1 metro. Mas havia uma grande dificuldade em arremessar um conjunto com um metro de rabicho. O arremesso até que ia no lugar desejado, mas o chumbo caía sempre na beirada, fazendo com que a bóia ficasse girando no lago. A dificuldade era imensa, mas íamos nos virando desse jeito.
    Até que surgiu o nó de correr na montagem do material. Estava resolvido o problema

    Abaixo montagem com nó de correr, para pescar em várias profundidades.



    Montagem - Exemplo 1

    Montagem - Exemplo 2

    Atenção: o chumbo tem que passar pelo nó de correr (chumbo com furo largo)

    Passaguás especiais para Carpas

    Alguns modelos de bóias
    A Vara Carpa é a mais indicada
    Anda não se sabe ao certo porque hoje as Carpas Cabeçudas se alimentam mais pro fundo, cerca de 1, 2 e até 3 metros de profundidade, opiniões diferentes existem, porém nenhuma certeza ainda.
    Pode ser que elas se acostumaram por ter muitos pescadores que começaram a pescar mais no fundo, mas na minha opinião, com a chegada de muitos peixes que não tinham antes aos pesqueiros (tamba, matrinxã, pintado, curimba, cat fish e muitos outros) a briga por alimentos aumentou, e as carpas não conseguem disputá-los na superfície com os outros peixes, por serem mais lentas e esperam os alimentos descerem mais um pouco.

    Receita para fisgar muitos Tambas

    Receita para fisgar muitos Tambas



    Olá pescadores. Vamos ensinar a fazer a Massa Beijinho. Uma das iscas que tem dado muito resultado na pesca dos “redondos” em Pesqueiros. Tanto os Pacus, quanto os “Tambas” adoram essa mistura e não resistem.

    Não sabe-se ao certo quem inventou a receita, mas esse pescador merece os parabéns, pois acertou em cheio.
    Tem algumas opções que podem ser feitas dessa massa. Eu particularmente prefiro a segunda opção que irei apresentar.
    OPÇÃO 1
    Ingredientes: leite condensado + leite em pó
      
    Obs: os produtos mostrados nas imagens são apenas para ilustração. Você pode usar qualquer marca disponível no mercado.
    Modo de preparo: coloque um pouco do leite em pó numa vasilha e vá adicionando leite condensado. Não ponha tudo de uma vez, pois você tem que ir dando liga até ficar no ponto ideal.
    Vá misturando e sovando a massa até que fique com boa consistência e não muito grudenta. Cuidado para que não fique dura demais.
    Após terminar o preparo, deixe a massa na geladeira por cerca de 3 horas. Ela deve estar no ponto ideal, mas se ainda estiver mole é só acrescentar leite em pó e sovar.

    OPÇÃO 2
    Ingredientes: leite condensado + Mistura para Bolo de Coco

    Modo de preparo: da mesma forma que a opção 1. Coloque um pouco da Mistura para Bolo de Coco numa vasilha e vá adicionando leite condensado. Não ponha tudo de uma vez, pois você tem que ir dando liga até ficar no ponto ideal.
    Vá misturando e sovando a massa até que fique com boa consistência e não muito grudenta. Cuidado para que não fique dura demais.
    Após terminar o preparo, deixe a massa na geladeira por cerca de 3 horas. Ela deve estar no ponto ideal, mas se ainda estiver mole é só acrescentar leite em pó e sovar.
    Dica: há diversos sabores dessa Mistura para Bolo (banana, milho, chocolate, baunilha, etc). Já testei com outros e também tive bom resultado.
    Agora com a massa pronta é só cansar o braço de pegar os “redondos”.
    Ela pode ser usada tanto como isca de fundo quanto na bóia. Já testamos diversas vezes e obtivemos resultados excelentes das duas maneiras.
    Na superfície, pode ser usada tanto com bóia torpedinho quanto cevadeira.
    Boas fisgadas a todos e VAMOS PESCAR!!!